quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010



Em 1974, no melhor estilo anos 70, peguei uma mochila, um cobertor xadrez e algumas roupas e fui, com mais duas amigas, da Estação da Luz para o Peru.
Trem da Morte, Bolívia e finalmente, Cusco. Na verdade este "finalmente" se deu 4 meses depois em Lima quando Pachamama, através de um terremoto de 6 graus, me avisou que já era hora de voltar.

Certa vez o maestro Paulo Herculano, sempre brilhante e provocativo, referiu-se a mim como: - a minha aluna hippie - qualificação por mim negada imediata e veementemente. Ele então argumentou: - Ora, alguém que tem Machu Picchu e Arembepe no currículo só pode ser um pouco hippie - Só me restou dar boas risadas.

Não temos a menor idéia de como irão nos qualificar daqui há 36 anos.O fato é que as classificações surgem depois, como referência histórica para melhor (ou pior) compreendermos uma época, um movimento ou comportamentos.
Em julho de 1974, nenhuma dessas idéias ocupava meus pensamentos. Não tínhamos nenhuma indicação ou plano de viagem, apenas o destino que poderia ser mudado, alongado até a Colômbia ou Galápagos, ou Amazônia.

Uma das amigas era Virgínia Fonseca. Essa é uma pequena homenagem que faço a ela.Ontem ela partiu pra muito, muito longe. Esta foto foi tirada em Lima,1974.Ela não largava do meu cobertor xadrez...Saudades.

Um comentário:

  1. Menina ,fiquei mas fã seu ainda,pois quando adolescente sonhava em viajar pela América do sul neste estilo,meio hippie rrsrsrs!

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