quinta-feira, 25 de junho de 2009

Ouvidos Moucos

É lamentável que a Cooperativa Paulista de Teatro

insista em fazer "ouvidos moucos" à solicitação de análise da questão: exigência da Carteira da OMB.

Um erro histórico, porém compreensível.

Afinal, a categoria dos músicos vem preferindo se expressar

através de semínimas e colcheias, símbolos específicos da sua linguagem artística,

em detrimento da palavra, que poderia configurar uma comunicação com a sociedade.

É mais do que curioso que uma lei baseada na Constituição de 1988, pós ditadura, não seja considerada

pela classe teatral. É impressionante e decepcionante.

De minha parte, continuarei insistindo, e agora, através de meios legais, a saber, Sindicatos e Entidades

representativas daquilo que ainda não se configura enquanto classe, mas que está a caminho de sê-lo:

Os músicos do Brasil.



Gostaria de contar com a solidariedade da CPT neste movimento, mas parece que a CPT não está consciente

de sua responsabilidade histórica, preferindo considerar esta exigência como um detalhe sem importância,

negando ao músico o seu direito de liberdade de exercício da profissão, ítem da Constituição Brasileira,

obrigando-o a se inscrever numa organização mafiosa e ilegal com a OMB. A existência da OMB não é ilegal,

o que é ilegal é o poder que ela exerce ao ser reconhecida como órgão representativo dos músicos, o que foi anulado

por uma lei que é descumprida pela CPT, pelo SESC e outras entidades que simplesmente fazem de conta que desconhecem a lei.

A CPT, não se isenta de responsabilidade ao fazer essa exigência, pelo contrário, corrobora com um sistema de exploração e intimidação de cidadãos. É lamentável, eu diria, deplorável, porque conheço e reconheço a luta desta entidade na defesa dos direitos do artista brasileiro. Que pena !

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