O músico como ser pensante.O músico como cidadão. Situação do músico no Brasil. Bibliografia,comentário,crítica,opinião,relato.
Reflexões sobre a linguagem musical e sua presença no teatro, literatura,cinema e mídias diversas.
Direito e liberdade de expressão.
Cara Márcia, esta peste corporativa não atinge apenas os músicos, mas sim todos os brasileiros que exercem ou queiram exercer alguma atividade produtiva. O corporativismo é uma herança maldita, copiada pelo ministro do Trabalho do então ditador Getúlio Vargas, da Carta di Lavoro, do também ditador italiano Benito Mussolini. Em resumidíssima síntese, nesse regime -- que vigora desde a ditadura de Vargas, consolidou-se na CLT e perpassou todos os governos seguintes, incluindo aqueles do regime militar -- a um sindicato patronal deve corresponder um sindicato laboral. Lula, quando líder sindical, prometia lutar contra o corporativismo e modernizar os sindicatos.Chegou ao mais alto posto desta triste República e esqueceu aquela promessa, como tantas outras que havia feito. A forma mais visível desse regime farsante é que, sindicalizado ou não, tanto o empresário como o trabalhador tem que contribuir para o sindicato dito de sua "categoria" profissional ou atividade produtiva, com o equivalente a um dia de faturamento ou uma jornada laboral. Por essa razão, existem tantos sindicatos fantasmas, sem associados ou filiados, que sobrevivem à custa dessa nefasta "contribuição sindical", eufemismo que tomou o lugar do famigerado "imposto sindical". Nas atividades não produtivas, como as culturais, entidades como a Ordem dos Músicos, tomam o lugar do sindicato e impõem suas regras.Solidarizo-me com você e seus colegas, pois também sofro as conseqüências desse corporativismo jurássico. Continue na luta.
Márcia, obrigado pelo comentário no Pendura Essa. Beijim.
ResponderExcluirCara Márcia,
ResponderExcluiresta peste corporativa não atinge apenas os músicos, mas sim todos os brasileiros que exercem ou queiram exercer alguma atividade produtiva. O corporativismo é uma herança maldita, copiada pelo ministro do Trabalho do então ditador Getúlio Vargas, da Carta di Lavoro, do também ditador italiano Benito Mussolini. Em resumidíssima síntese, nesse regime -- que vigora desde a ditadura de Vargas, consolidou-se na CLT e perpassou todos os governos seguintes, incluindo aqueles do regime militar -- a um sindicato patronal deve corresponder um sindicato laboral. Lula, quando líder sindical, prometia lutar contra o corporativismo e modernizar os sindicatos.Chegou ao mais alto posto desta triste República e esqueceu aquela promessa, como tantas outras que havia feito.
A forma mais visível desse regime farsante é que, sindicalizado ou não, tanto o empresário como o trabalhador tem que contribuir para o sindicato dito de sua "categoria" profissional ou atividade produtiva, com o equivalente a um dia de faturamento ou uma jornada laboral. Por essa razão, existem tantos sindicatos fantasmas, sem associados ou filiados, que sobrevivem à custa dessa nefasta "contribuição sindical", eufemismo que tomou o lugar do famigerado "imposto sindical". Nas atividades não produtivas, como as culturais, entidades como a Ordem dos Músicos, tomam o lugar do sindicato e impõem suas regras.Solidarizo-me com você e seus colegas, pois também sofro as conseqüências desse corporativismo jurássico. Continue na luta.